A Associação dos Médicos Católicos de Brasília é uma entidade de natureza religiosa, cultural e científica, com personalidade jurídica civil, sem fins lucrativos, que congrega Médicos e estudantes de Medicina do Distrito Federal que aceitaram seu Estatuto. Em 2021 a AMCB será a anfitriã do 4º Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, que volta a acontecer após 20 anos!


Aconteceu neste fim de semana (12-14 de novembro), o IV Congresso Nacional de Médicos Católicos, sediado pela nossa Arquidiocese. O evento ocorreu nas dependências da Paróquia Nossa Senhora da Esperança (Asa Norte), contando com a presença de associações de médicos católicos de várias regiões do Brasil – Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Alagoas, Ceará e Goiás – além dos anfitriões do Distrito Federal. Eram mais de 150 participantes entre médicos, estudantes de medicina e assistentes eclesiásticos presentes, somados à média de 140 inscritos que acompanharam a transmissão online.

Na noite da sexta-feira, dia 12, nosso Arcebispo Dom Paulo Cezar Costa presidiu a Missa de Abertura (transmitida ao vivo em rede nacional pela TV Canção Nova), em ação de graças pela criação da “Associação Brasileira de Médicos Católicos”. Após a celebração, Dom Paulo acolheu a todos, inaugurando o Congresso com uma iluminante reflexão acerca da sinergia entre ciência e fé, valorizando a vocação do médico e sua missão frente aos desafios do mundo contemporâneo.

Para dom Paulo, “um evento como esse enche meu coração de alegria como pastor dessa igreja da arquidiocese de Brasília.A relevância para o apostolado do laicato e, também, para a sociedade é ímpar.”

O Arcebispo prosseguiu refletindo sobre o sentido da existência de uma associação de médicos católicos: “Qual sentido de uma associação católica de médicos? São associações onde pessoas católicas, que vivem a mesma fé em jesus cristo, se ajudam, nas pequenas e grandes questões que envolvem o dia a dia. Se ajudam no desafio de viver a fé no mundo profissional.”

Além disso, fazendo uma ligação com o papel do leigo na evangelização, Dom Paulo lembrou das reflexões advindas do Concílio Vaticano II sobre o protagonismo do laicato na vida da sociedade: “No ano do laicato se enfatizou o papel importante na vida da igreja, na vida da comunidade, mas sobretudo, no testemunho no mundo do trabalho, no mundo de atuação na sociedade. Ali ele é chamado a fazer a diferença. É na sua profissão como médicos católicos que vocês fazem a diferença. Porque a fé ilumina a vida total de vocês. O testemunho fala.”

Ao longo dos módulos formativos da programação, foi patente a expertise e o testemunho dos moderadores e palestrantes nas diversas conferências, debates e momentos de partilha, que promoveram uma edificante abordagem de teor científico numa perspectiva de fé (inclusive sobre temas como a saúde mental do médico, sua vida familiar, sua espiritualidade e sua vocação enquanto dom e compromisso), num ambiente fraterno de muita comunhão.

Também Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida (bispo auxiliar de Brasília) e Dom Joel Portella Amado (secretário geral da CNBB) enriqueceram espiritualmente a ocasião em outros momentos litúrgicos.

Felicitamos todos os membros da Associação dos Médicos Católicos de Brasília, na pessoa de seu presidente, Dr. Antônio Garcia Reis Júnior, o vice-presidente, Dr. Antônio Carlos de Souza, e o assistente eclesiástico, Pe. João Baptista Mezzalira Filho, apoiados no labor admirável da equipe de tantos que se empenharam com zelo e dedicação, preparando e participando deste relevante momento histórico para os médicos católicos do Brasil.

Para conhecer o trabalho desta associação, está disponível no site do evento o estatuto dela, juntamente com materiais que podem ajudar estudantes de medicina católicos a estarem em contato com as respectivas associações de seus estados.

https://arqbrasilia.com.br/brasilia-sedia-o-iv-congresso-brasileiro-de-medicos-catolicos/

Ao final do IV Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, realizado de 12 a 14 de novembro, em Brasília (DF), foi instalada a Associação Nacional dos Médicos Católicos (ABMC). Em âmbito eclesial, a entidade estará vinculada – como organismo de comunhão – à Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em breve serão divulgados os nomes do bispo referencial e do assessor.

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t.me/AMCBr


Manhã de Orações

Estimado(a) colega,

É com o espírito de preparação para Pentecostes que convidamos para a nossa Manhã de Oração nesse próximo sábado, dia 04/06. O encontro iniciará com a Santa Missa, especialmente celebrada para nós pelo querido Pe João Baptista, nosso consultor eclesiástico, em seguida, ele nos falará sobre “Espiritualidade Médica". Dra Letícia fará uma apresentação sobre a Samaritanus Bonus, cuidados paliativos e terminalidade da vida. Por fim, haverá uma mesa redonda com estudantes de medicina, que certamente será riquíssima diante das provações que todos nós passamos na vocação médica.

Reforçamos que a Santa Missa iniciará as 8:00h.

A Missa será o ponto central da nossa Manhã de Oração, momento de renovação da nossa esperança e fé.

Sejam Bem Vindos!

AMCB PROMOVE FORMAÇÃO SOBRE QUESTÕES ÉTICAS DO FIM DA VIDA EM PACIENTES TERMINAIS

No dia 13 de julho de 2022 receberemos o médico católico e autor do livro "Questões Éticas em Pacientes Terminais Segundo o Personalismo" (ed. Appris, 2021), Franco Sacariot. O nosso Conselheiro Dr. Antonio Garcia será o anfitrião promoverá o debate no formato de Talk Show. Será uma grande oportunidade nos aprofundarmos um pouco mais nas questões éticas que envolvem o final da vida.

Dr. Franco Scariot

Médico Católico Diretor da ABMC, Cirurgião Oncológico, Mestre em Filosofia e Doutorando em Bioética

Dr. Antônio Garcia

Médico Conselheiro da AMCB, Medicina de Família e Comunidade, Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz e Doutorando em Bioética

Um pouco mais sobre o trabalho do Dr. Franco Scariot, publicado no Repositório da Universidade Caxias do Sul

"Dentre as diversas questões éticas vivenciadas por pacientes terminais destacam-se a eutanásia e a distanásia, ambas consideradas imorais pelo personalismo ontológico proposto por Elio Sgreccia. O objetivo desta dissertação é verificar se o pensamento de Sgreccia pode ser justificado racionalmente de forma objetiva e se possui critérios de necessidade e universalidade. O método utilizado foi a análise dos próprios textos do autor e de suas fontes, tendo como técnica de abordagem a revisão histórica da ética médica desde o tempo de Hipócrates e a comparação do personalismo ontológico com as principais éticas dando ênfase aos conceitos de vida, pessoa, saúde, doença e corpo humano. Apresenta-se o personalismo ontologicamente fundamentado, com os princípios de defesa da vida, liberdade-responsabilidade, totalidade e subsidiariedade, comparando-o ao principialismo, com seus princípios de autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Descreve-se a proposta de Sgreccia para a solução de dilemas com o uso dos princípios secundários do mal menor e do duplo efeito, bem como a necessidade de hierarquização dos princípios primários. Destaca-se a hierarquia do benefício sobre a autonomia, demonstrando o valor intrínseco e inalienável da vida, bem como a subordinação da liberdade a esse valor. Conclui-se que, segundo o autor, os principais dilemas éticos do fim da vida em pacientes terminais são decorrentes de uma não uniformidade de termos, sendo a confusão entre eutanásia passiva e distanásia a principal. O esclarecimento ocorre com a aplicação dos conceitos iniciais que o autor busca na fonte aristotélico-tomista, bem como uma compreensão de autonomia semelhante à proposta por Kant e da morte não mais como um evento, mas como um processo que se inicia com a doença terminal."

https://repositorio.ucs.br/handle/11338/1186